Portaria virtual é opção para segurança nos condomínios
A sensação de falta de segurança está em todo lugar, inclusive nos condomínios, locais que, por muito tempo, foram conhecidos por oferecer tranquilidade nesse sentido. No entanto, com cada vez mais criminosos mirando neste tipo de moradia, aproveitando de descuidos de moradores e funcionários, uma tecnologia recente está chamando a atenção de síndicos e de condôminos: a portaria virtual ou remota.
Trata-se de um sistema que pode ter configurações diferentes, de acordo com o espaço instalado. Mas, no geral, consiste na substituição do porteiro presencial por um profissional com acesso remoto a câmeras em alta definição (HD), interfone para atender aos visitantes e alarmes. A passagem dos moradores pode ser vinculada a um sistema de biometria, senha, cartão ou tag no chaveiro. No caso dos carros, pode-se utilizar controles remotos para abertura do portão. Se tiver um espaço de clausura, melhor ainda.
Um detalhe importante é que esses esquemas de segurança digital dependem de eletricidade e de uma boa conexão de internet banda larga para transmissão de áudio e vídeo de todas as câmeras de segurança. Caso algum desses fornecimentos seja comprometido, as empresas de segurança do segmento devem enviar imediatamente um profissional ao condomínio. Em alguns casos, pode-se ligar a instalação elétrica a um no break, para evitar interrupção dos serviços por conta de queda de energia. A companhia deve ficar de olho, também, na manutenção desses equipamentos.
Na prática, sistemas de portaria virtual contribuem para a segurança porque é bem mais fácil e rápido chamar a polícia em caso de emergências. “Os porteiros correm o risco de serem feitos reféns no caso de invasões”, alerta o gerente geral de condomínios da Apsa Jean Carvalho. Ainda podem ser acrescentados ao sistema mecanismos para os moradores pedirem ajuda, como indicar um dedo diferente no leitor biométrico ou apertar continuamente o botão do controle da garagem — as portas abririam, mas a operador remoto chamaria a polícia.
Redução de custos
Outro chamativo dos serviços para os condomínios — em especial, os de pequeno porte — é a redução de custos. Quanto menor o empreendimento, mais relevante para o orçamento é o gasto com pessoal. As despesas com porteiros que trabalham em escala de 12 por 36 horas chegam a cerca de R$ 15 mil por mês ao condomínio. Por outro lado, com um investimento de R$ 20 a 30 mil e mensalidade de R$ 8 mil é possível construir e manter uma rede de segurança virtual. Há, portanto, uma redução de até 50% nos gastos, no longo prazo. Especialistas recomendam que conjuntos com até 40 unidades adotem a medida, já que a movimentação mais baixa também é um fator a ser considerado.
Como em toda mudança, os moradores devem aprová-la. Por isso, é importante calcular a viabilidade do projeto, as regras para a entrada de visitantes, entregadores e prestadores de serviço, além de checar se os moradores estão dispostos a mudar hábitos e a se adaptar à nova tecnologia. “Deve-se ter muita cautela na escolha da empresa, então, o síndico precisa checar suas credenciais, certificações, filiação a associações do setor e clientes”, lista Jean Carvalho. Não esqueça também dos zeladores, que ficarão responsáveis por receber os carteiros, por exemplo, além de necessitarem algum treinamento.
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