A retomada do mercado imobiliário e a oferta de crédito
Por Laudimiro Cavalcanti
Diretor do Creci-RJ
O mercado imobiliário está sempre entre os assuntos mais comentados em âmbito nacional. Afinal, a moradia é uma necessidade básica. E os aspectos que interferem no poder de compra do cliente são fundamentais para que o setor possa viver um bom momento. Se o cenário atual não é o mesmo do início da década, configurado como o boom imobiliário, alguns fatores demonstram que é possível acreditar em uma retomada do segmento, mesmo que a médio e longo prazo.
E o crédito imobiliário tem papel crucial para essa expectativa positiva referente ao crescimento do setor. Para constatar esse fato, é necessário voltar até o ano de 2010, no início do “ciclo de ouro” do mercado imobiliário, fomentado pela ampla facilidade de acesso ao crédito. De 2010 a 2014, a oferta de crédito imobiliário variou entre R$ 79 bilhões e R$ 113 bilhões para financiamentos. Nesse período, os imóveis batiam recordes de valorização e as vendas aconteciam com facilidade e em larga escala. Isso sem falar na grande quantidade de lançamentos imobiliários. O jogo mudou e em 2015 registrou-se uma queda de 33% no volume de financiamentos. O mercado imobiliário era impactado pelo cenário de crise política e econômica, gerando redução na venda de imóveis.
Entre 2016 e 2017, o mercado não conseguiu mostrar a pujança e os resultados que o setor tanto precisava, apesar de uma tímida recuperação no ano passado. Agora, em 2018, o crédito imobiliário volta ao protagonismo, com as mudanças anunciadas em abril pela Caixa Econômica Federal de redução das taxas de juros e aumento do percentual de financiamento para os imóveis usados. Como referência no segmento, tal medida influenciou na decisão dos bancos privados que também reduziram os juros e aumentaram o percentual do valor para financiamento, ultrapassando em alguns casos os 80%.
Sem dúvida, o processo de reaquecimento do setor imobiliário é potencializado com as modificações nas linhas de financiamento. Uma variação da taxa de juros, mesmo que pequena, pode representar uma grande economia, proporcionando uma redução drástica do valor que será pago.
Além da redução da taxa de juros, a elevação do teto de financiamento também é fundamental, medida que de forma automática possibilita que mais pessoas comecem a avaliar a possibilidade de comprar um imóvel, já que os recursos necessários para o valor de entrada serão menores, por exemplo.
Trata-se de iniciativas de estímulo ao mercado, ainda mais se for levado em conta que nos últimos anos a alta taxa de desemprego e recessão econômica tornaram as pessoas mais cautelosas em relação às dívidas.
É preciso criar um cenário favorável tanto política quanto economicamente que estimule e facilite a aquisição do imóvel. Só assim o mercado conseguirá crescer e cada vez mais pessoas poderão realizar o sonho da casa própria. Por outro lado são necessárias ações constantes de geração de empregos para que a população tenha estabilidade necessária para comprar uma unidade imobiliária, a mais importante na vida de uma pessoa.
Vale ressaltar que o corretor de imóveis é um grande aliado do mercado e da sociedade na hora da concretização da casa própria. Ao longo dos anos vem acompanhando toda a trajetória da construção civil, fomentando os negócios e atuando com empenho para contribuir com a redução do déficit habitacional do país.
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