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Medidas Preventivas para Condomínios: Proteção Contra Raios, Alagamentos e Falta de Energia

As mudanças climáticas acenderam um sinal de alerta para os síndicos de condomínio: a necessidade de adotar medidas preventivas para condomínios para garantir a segurança e o bem-estar dos moradores. A Lello, uma das principais administradoras de condomínios do Brasil, preparou uma série de dicas para proteger os condomínios contra descargas atmosféricas, alagamentos causados por chuvas intensas e quedas no fornecimento de energia elétrica.

“Preparamos dicas de prevenção e um plano de contingência para manter a segurança e o bem-estar dos condôminos, minimizando os impactos causados por eventos naturais e falhas no fornecimento de energia”, afirma Raquel Bueno, engenheira da Lello.

A seguir, confira as principais recomendações para proteger o condomínio.

1. Proteção Contra Raios

As edificações estão vulneráveis às descargas elétricas, que podem causar danos estruturais e colocar em risco a segurança dos moradores. Para garantir uma proteção eficaz, é essencial adotar as seguintes ações:

  • Instalar o Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA): O para-raios é a principal forma de proteção contra raios. O projeto e instalação do sistema devem ser realizados por engenheiro qualificado, conforme a Norma Brasileira (NBR) 5419.
  • Realizar manutenções periódicas: Inspecionar o SPDA anualmente é fundamental. Técnicos especializados devem verificar o sistema e emitir laudos técnicos.
  • Verificar as instalações elétricas: Instalar Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) no quadro de distribuição elétrica ajuda a proteger os equipamentos internos contra picos de energia.

2. Proteção Contra Chuvas e Inundações

Chuvas fortes podem causar alagamentos, infiltrações e até deslizamentos. Para reduzir os riscos, os administradores de condomínios podem seguir algumas dicas:

  • Manter calhas e ralos limpos: Calhas e ralos devem ser limpos regularmente, especialmente antes e durante o período de chuvas, para evitar acúmulo de água e alagamentos nas áreas comuns.
  • Avaliar e ajustar o sistema de drenagem: O sistema de drenagem deve estar dimensionado para suportar grandes volumes de água. Canais de drenagem ou bombas podem ser necessários, dependendo das condições do terreno.
  • Inspecionar paredes e telhados: É importante realizar inspeções nas paredes e telhados para detectar fissuras e rachaduras. A impermeabilização dessas áreas ajuda a evitar infiltrações.

3. Plano de Contingência em Caso de Falta de Energia

As interrupções no fornecimento de energia tendem a afetar a segurança e o funcionamento do condomínio. Um bom plano de contingência é essencial para minimizar impactos.

As ações recomendadas pela especialista da Lello incluem:

  • Instalar um gerador de energia e definir seu uso prioritário: O equipamento deve ser capaz de manter os serviços essenciais, como elevadores, sistemas de segurança e iluminação de emergência, funcionando durante uma queda de energia.
  • Configurar nobreaks para equipamentos críticos: Equipamentos de segurança como câmeras e sistemas de comunicação devem contar com nobreaks, que precisam ser periodicamente revisados.
  • Plano de comunicação para os condôminos: O administrador deve estabelecer um protocolo para informar os moradores sobre a interrupção de energia, incluindo previsão de retorno e medidas de segurança a serem seguidas.
  • Realizar testes periódicos: Testes mensais nos geradores e nobreaks garantem que esses sistemas estejam prontos para atuar em situações de emergência.

4. Passo a Passo para o Acionamento do Plano de Contingência

Raquel Bueno também estabeleceu um passo a passo para o acionamento do plano de contingência em caso de queda de energia:

  1. Ligar o gerador: Se o aparelho for automático, ele será ativado automaticamente. Caso seja manual, o procedimento de ativação deve ser seguido.
  2. Priorizar áreas essenciais: Verifique se a iluminação de emergência e os sistemas de segurança estão funcionando corretamente.
  3. Iniciar nobreaks: Garantir que os sistemas de segurança e comunicação permaneçam ativos durante a falta de energia.
  4. Informar os condôminos: Enviar comunicados detalhando a situação e os procedimentos de segurança.
  5. Verificar saídas de emergência: Certifique-se de que as saídas de emergência estão desobstruídas.
  6. Monitorar o consumo do gerador: Acompanhe o consumo do gerador durante a falta de energia para garantir a autonomia até que a energia seja restabelecida.

5. Cuidados Adicionais para a Segurança do Condomínio

Além das medidas já mencionadas, a especialista sugere cuidados extras para garantir ainda mais proteção:

  • Limpeza de calhas, ralos, bueiros e caixas de gordura.
  • Verificação de telhas, fachadas, muros e calçadas.
  • Revisão do sistema elétrico, identificando fios desencapados e disjuntores defeituosos.
  • Inspeção do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).
  • Verificação e manutenção de geradores de energia e sistemas de iluminação de emergência.
  • Checagem do funcionamento dos portões automáticos e poço do elevador.

“Adotar essas medidas preventivas pode garantir maior segurança e tranquilidade aos moradores do condomínio, minimizando os impactos de eventos climáticos extremos e falhas no fornecimento de energia”, conclui Raquel Bueno.

Com essas ações, os síndicos e administradores podem manter os condomínios mais seguros e preparados para enfrentar mudanças climáticas e falhas no fornecimento de energia, garantindo o bem-estar dos condôminos.

Leia também: Como enfrentar a inadimplência nos condomínios

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