Rio é a 6ª capital mais cara para comprar um imóvel
O Rio é a 6ª capital mais cara para comprar um imóvel entre as principais cidades da América Latina. É o que aponta estudo do QuintoAndar com dados de 12 das cidades mais populosas da região. Já para alugar, o Rio aparece na 9ª posição.
No caso da compra, o preço do metro quadrado (m²) na capital foi de US$ 1.784 (cerca de R$ 9.301,41) nos últimos 12 meses, encerrados em julho. Já o valor médio para aluguel foi de US 5,1 (R$ 27,60) por m² no período de referência. De acordo com a pesquisa, o Brasil aparece com apenas uma cidade entre as cinco mais caras para comprar e só com uma também entre as cinco com o aluguel mais alto. Brasília tem o 5º maior custo para compra, enquanto São Paulo tem o 4º maior para locação. E Buenos Aires é a capital mais cara para alugar e vender um imóvel entre as analisadas.
“Durante a pandemia, houve uma curiosa combinação de fatores que se traduziu num pequeno boom imobiliário. E é possível perceber que o mercado na América Latina está hoje, em boa parte, aquecido. A Argentina é uma exceção: Buenos Aires vive um cenário de muita oferta e pouca procura. Ainda assim, com a inflação em alta, os preços de imóveis na capital são comparativamente maiores que os de outras cidades da região”, comenta Vinicius Oike, economista da plataforma.
A pesquisa aponta ainda uma situação menos crítica no Rio no que diz respeito ao comprometimento da renda com o aluguel, na comparação com as outras cidades. A cidade é uma das únicas três com percentual de gasto com aluguel inferior a 30%, considerado o limite recomendado por especialistas. No entanto, para a compra de imóveis, o índice de acessibilidade financeira é considerado “alarmante”, ou seja, quando o indicador que revela quantos anos de renda uma família precisa comprometer para comprar um imóvel é superior a 7-10 anos. “Estes valores para compra nas cidades analisadas são bastante similares e também indicam uma baixa acessibilidade financeira. Já os do aluguel apontam para um mercado formal descolado da renda familiar média”, ressalta Oike.
Procura por apartamentos cresce
O estudo indica ainda que, em 11 das 12 cidades analisadas, a procura por apartamentos supera as buscas por casas. No Rio, cerca de 60% das buscas no primeiro semestre foram por apartamentos. Entre as cidades brasileiras analisadas, a maior diferença foi identificada em Brasília. Na capital do país, em média, 69% das buscas no primeiro semestre deste ano foram por apartamentos, enquanto somente 31% foram por casas.
A preferência no Rio é por imóveis próximos ao metrô, principal filtro utilizado, segundo a pesquisa. Na sequência aparecem churrasqueira, campo de futebol, elevador e área verde. O campo “frente ao mar” também é um dos mais selecionados nas buscas na cidade.
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