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É hora de comprar a casa própria?

Rafael Sasso, cofundador da Melhortaxa, plataforma digital de crédito imobiliário do país, analisa para o portal Mercado Imobiliário as oportunidades para o sonho da casa própria. Mesmo com a pandemia, o momento é bom para a portabilidade para quem já tinha tomado um crédito mais caro no passado e as possíveis movimentações das instituições financeiras. Ele ressalta ainda que a margem para queda na taxa de juros financiamento imobiliário é grande.

“A nova Selic a 2,25% ampliou de 4,51 para 5,06 pontos percentuais a sua diferença em relação à taxa média de crédito imobiliário efetivamente praticada pelos grandes bancos, que está em 7,31% com base nos contratos fechados por intermédio da nossa plataforma”, explica Sasso. Para o executivo, essa diferença era de 2,56 pontos percentuais em novembro de 2019, quando a nossa média estava em 7,56% enquanto a Selic marcava 5%. Ou seja, a diferença hoje é bem grande, o que teoricamente pressionaria os bancos a reduzir as taxas. Porém, essa reação não deve ser imediata, demorando um pouco mais por conta do clima de incerteza provocado pela Covid-19″, analisa Sasso.

Ele explica ainda que as taxas atuais já são as mais baixas vistas no mercado imobiliário, o que favoreceu o aumento da capacidade de compra dos tomadores, mesmo nesse ambiente de incerteza. “Acredito que nos próximos meses, com a retomada da economia pós-pandemia, há maior probabilidade de um repasse mais forte para as taxas de crédito imobiliário”, acrescenta o executivo. O outro lado da questão é a aproximação do mercado de capitais do crédito imobiliário. Com a redução da Selic, isso deixa espaço para mais investidores optarem por esses ativos e isso deve pressionar ainda mais os bancos. “Desde o início do ciclo de cortes, tivemos momentos de mais ou menos pressão para o repasse da redução da Selic. Agora, a diferença nunca esteve tão alta”, avalia Sasso.

Rafael Sasso, cofundador da Melhortaxa

O executivo pontua que muitas pessoas podem estar inseguras, aguardando uma eventual queda das taxas por parte dos bancos. Contudo, ele alerta: “Não aconselho às pessoas aguardarem os bancos repassarem as taxas menores para adquirir o imóvel, pois o preço deste pode aumentar e, o que seria uma economia, acaba virando prejuízo. A portabilidade existe justamente para isso: garantir uma segurança para o cliente efetuar o negócio e no futuro, se existirem reduções, ser possível optar pela portabilidade”. Segundo dados recentes do Banco Central, 570 mil contratos de financiamento imobiliário têm taxas acima de 10% ao ano, uma enorme oportunidade para as famílias reduzirem custos com a portabilidade. “Está havendo uma mudança cultural da população em começar a entender a portabilidade como ferramenta no processo de compra da casa própria com crédito bancário e isso está ampliando a pressão sobre a concorrência bancária”, conclui Sasso.

Simuladores de portabilidade e reestruturação de dívidas

Mais de 9 mil famílias já entraram com pedido de portabilidade na Melhortaxa este ano (em 2019 inteiro foram pouco mais de 6 mil), sendo mais de 2.500 só no mês de maio. O portal também disponibiliza simuladores de portabilidade e reestruturação de dívidas, entre outros. Já foram feitas mais de 135 mil simulações pela plataforma, o equivalente a mais de R$ 35 bilhões em propostas.

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