Condomínios: solidariedade ajuda a manter as contas em dia
Depois de seis meses de pandemia, muitos condomínios conseguiram manter o equilíbrio financeiro em seus caixas com medidas baseadas na solidariedade e em princípios administrativo técnicos. A taxa de inadimplência condominial, segundo dados da administradora Cipa, chegou ao patamar de 15% em abril, mas caiu para 9%. Para manter as contas em dia, foi necessário reduzir as despesas e negociar com mais flexibilidade o pagamento de taxas atrasadas, tendo em vista a queda de renda e a perda do emprego que atingiu muito moradores.
“Orientamos aos nossos clientes a flexibilização das faturas atrasadas, como forma de, gradativamente, reduzir o impacto da inadimplência. Recomendamos o parcelamento dos encargos em valores que coubessem no bolso do devedor. A Cipa, por sua vez, parcelou em três vezes a taxa de administração do mês de abril e passou a cobrá-la integralmente a partir de junho. Isso ajudou a dar maior fôlego aos condomínios, que puderam postergar despesas e planejar a parte financeira num momento de incerteza”, conta Maria Teresa Mendonça, presidente da Cipa.
Sobre os aluguéis, Maria Teresa diz que o pior momento em termos de inadimplência foi logo no início da pandemia. Segundo ela, a falta de pagamento chegou a 13% em maio. No entanto, esse índice, segundo ela vem caindo com a reabertura da economia, chegando a 7,2% em agosto. “Muitos proprietários reduziram os valores dos aluguéis, em solidariedade aos inquilinos que tiveram perda de rendimento, e se recusaram a receber a recomposição dos valores descontados”, afirma.
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