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Calorão nos condomínios: como os síndicos podem contribuir para o bem-estar dos moradores e dos funcionários

A onda de calor que atinge diversas regiões do país, especialmente o Rio de Janeiro, tem colocado novos desafios para a administração de condomínios, exigindo dos síndicos uma preparação cuidadosa para garantir a segurança e o bem-estar dos moradores e dos funcionários. Para superar as altas temperaturas sem comprometer a saúde, Victor Tulli, diretor da Administradora Nacional, empresa com mais de 89 anos de experiência em administração de condomínios, afirma que é essencial que os gestores desenvolvam planos estratégicos e práticas proativas, considerando tanto as demandas estruturais quanto as sociais e operacionais do edifício.

“Um dos principais desafios é assegurar condições adequadas de trabalho para os funcionários, cujas funções muitas vezes os expõem diretamente às condições climáticas adversas. A instalação de aparelhos climatizadores e a disponibilização de água potável, preferencialmente gelada, são medidas indispensáveis que devem ser priorizadas”, orienta Tulli.

Simultaneamente, o consumo de água também tende a aumentar significativamente durante esse período, o que exige uma gestão mais rigorosa. “Para evitar problemas, é fundamental que os síndicos realizem uma limpeza regular dos reservatórios, garantam a qualidade da água e assegurem que o volume disponível seja suficiente para atender à demanda diária”, recomenda o diretor.

Tulli lembra que a educação e a informação desempenham um papel crucial na preparação para enfrentar ondas de calor. “Informar os moradores sobre os sintomas de doenças causadas pelo calor, como insolação e desidratação, e promover medidas preventivas são etapas essenciais. Os síndicos podem organizar sessões informativas, distribuir materiais educativos online e utilizar boletins nos canais internos de comunicação para manter os moradores atualizados sobre as previsões meteorológicas e práticas recomendadas”, sugere o executivo.

Outro ponto de atenção é com relação à infraestrutura do condomínio, que pode precisar de adaptações para lidar com o calor extremo. Segundo Tulli, as mudanças mais críticas incluem a manutenção regular dos sistemas de ar-condicionado nas áreas comuns, a criação de áreas de resfriamento e a instalação de coberturas para gerar sombra em espaços externos, como piscinas e áreas de recreação. “Para condomínios que não têm essas instalações, é altamente recomendável a criação de espaços alternativos de controle de temperatura, com a disponibilização de água potável e sistemas de refrigeração para emergências, como até mesmo uma mangueira de água natural. Essas adaptações não só tornam o ambiente mais confortável como contribuem para a saúde e segurança dos moradores”, observa o diretor da Administradora Nacional.

Ele ressalta que a tecnologia é uma aliada valiosa nesse contexto. “Ferramentas tecnológicas ligadas a internet das coisas, como sensores de temperatura, medidores de volume de água em reservatórios e painéis solares, podem ser altamente benéficas para ajudar na gestão de recursos e na tomada de decisões estratégicas”, acrescenta Tulli. Esses sistemas automatizados de gestão também podem facilitar o envio de lembretes para limpeza de reservatórios e relatórios de manutenção, além de permitir uma comunicação mais eficiente entre a administração e os moradores. “Dessa forma, a tecnologia não apenas auxilia na gestão operacional como aumenta a eficácia das medidas preventivas”, explica o diretor.

A comunicação efetiva entre a administração do condomínio e os moradores, portanto, é indispensável. Garantir que todos saibam quem contatar em caso de emergência e como acessar os recursos disponíveis cria um ambiente de suporte mútuo, essencial para enfrentar os desafios impostos pelas ondas de calor. “Essa abordagem integrada – combinando educação, infraestrutura, tecnologia e comunicação – reforça a capacidade do condomínio de se adaptar e de proteger seus moradores diante de eventos climáticos extremos”, finaliza Tulli.

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