Usar o imóvel como garantia para levantar um dinheiro rápido já existe no Brasil e em outros países por meio da modalidade home equity, mas agora o Governo Federal estuda a implantação da hipoteca reversa, ou seja, o idoso daria ao banco o seu imóvel como garantia em troca de uma renda mensal vitalícia ou em um montante único. Isso significa que ele continuaria morando no imóvel, que passa a ser do banco após a morte do proprietário. Lembrando que o imóvel em questão ficará fora do patrimônio deixado para os herdeiros.

Nos Estados Unidos, a modalidade é permitida a partir dos 62 anos. Austrália, Canadá, Espanha e Reino Unido também já utilizam a hipoteca reversa. O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) apresentou, em 2018, proposta para criação do modelo para maiores de 60 anos. O texto aguarda designação de um relator na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

A hipoteca reversa divide opiniões. Uns são favoráveis porque ajudaria muitos idosos da classe média a complementar a renda em vez de ter que alugar um quarto, por exemplo, para um estranho. Por outro lado, a baixa renda infelizmente não tem casa própria. Prova disso, é o nosso déficit habitacional que ultrapassa 6 milhões de moradias e alta renda não precisa usar o imóvel como garantia.