A construção civil é mais um setor que vem se adaptando às transformações digitais. A tecnologia BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção) é a prova disso e teve uma aceleração nesse processo a partir do Decreto nº 9.377, de 17 de maio de 2018 do Governo Federal que torna obrigatória a implantação desta metodologia nas obras a partir de janeiro de 2021 para a elaboração de modelos para a arquitetura e engenharia nas áreas de estrutura, hidráulica, aquecimento, ventilação e ar condicionado e ainda na parte elétrica, na detecção de interferências, na extração de quantitativos e na geração de documentação gráfica.
Apesar de ter sido criada na década de 1970 nos Estados Unidos, o BIM ganhou força quando a construção civil passou a incorporar no dia a dia o uso de computadores, celulares e outros componentes que digitalizaram grande parte do processo construtivo. A ferramenta integra informações detalhadas e organizadas de todas as áreas de um projeto, em versões 3D, garantindo uma noção prévia e acompanhamento da obra, oferecendo mais qualidade técnica aos empreendimentos. Essa possibilidade de análise de aproveitamento de espaço, simulação de materiais, custos e escopo de equipe resulta entre outras vantagens, na redução de desperdícios e otimização de esforços e recursos. Em resumo, essa plataforma de gestão permite a união da tecnologia a processos de projeto e construção que até então eram colocados no papel de maneira 2D, mais linear, sem a possibilidade de uma projeção na tela antes de checar de fato ao canteiro de obra.
A Expert System, por exemplo, ampliou o leque de produtos com a compra do Volare, um dos softwares pioneiros no Brasil em orçamentação de obras. Na gestão da empresa, o Volare ganhou um novo fôlego, passando a atuar dentro do BIM. O Volare agrega na gestão de projetos auxiliando no controle de custos, contando com o interpretador BIM, indicado para quem deseja fazer planilhas orçamentárias robustas e dentro do padrão. Segundo o diretor Comercial e de Projetos, Eduardo Aguiar, a implantação do BIM exige muito estudo, maleabilidade para deixar a zona de conforto e uma equipe atenta às determinações exigidas na Lei. Entre o que está previsto pelo Governo Federal, há o cronograma de implantação, que seguirá em três etapas: 2021, 2024 e 2028.
“Nós aconselhamos que as equipes diretamente envolvidas com o BIM já comecem a se preparar imediatamente para evitar que, assim que a Lei passar a valer, correr o risco de penalizações ou até paralisações desnecessárias em obras”, reforça Aguiar. De acordo com as diretrizes da Lei, os prazos de maneira geral são os seguintes:
– 2021 o BIM deve ser utilizado em projetos de engenharia e arquitetura de obras novas ou melhorias em obras já existentes.
– 2024 uso em orçamentos, planejamento e execução de obras, além de implementação de dados do pós-construção (informações sobre o processo da construção, quais materiais utilizados, etc.);
– 2028 incremento das funções anteriores ao gerenciamento e manutenção de empreendimentos.